Clínica de Olhos Diadema

Clínica de Olhos Diadema – Desde 1978
Rua Graciosa, 61 – Centro – Diadema São Paulo – Cep 09910-660
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Doenças Oculares

A visão é responsável por 75% de tudo o que percebemos. Algumas pessoas não necessitam de qualquer tipo de correção óptica para enxergar. Entretanto, sabemos que 25% da população é míope e para focalizar melhor as imagens, existe a necessidade de correção óptica.

AMBLIOPIA

A ambliopia é a baixa de visão em um olho sem alteração orgânica que a justifique. Esta situação atinge de 2% a 4% da população e é originada por fator que impeça o desenvolvimento normal da visão do olho amblíope. Dentre estes fatores destacam-se:
  1. Anisometropia (diferença de grau de hipermetropia, astigmatismo ou miopia entre os olhos) – O cérebro registra e desenvolve apenas a visão do olho melhor;
  2. Estrabismo – O cérebro exclui a visão do olho desviado para se proteger da diplopia (visão dupla);
  3. Catarata congênita – O período que o olho ficou privado de estímulo pode ser causa do não desenvolvimento de visão, mesmo após remoção da catarata.
O tratamento consiste na utilização forçada do olho amblíope (oclusão do olho bom) e precisa ser feito precocemente, enquanto o cérebro ainda estiver apto ao desenvolvimento de visão (até os 10 anos de idade). Quanto mais tempo o olho permanecer em desuso, maior a dificuldade da reversão do quadro. O sucesso do tratamento depende da idade da criança no início do tratamento, da adesão da família e da severidade da ambliopia. Isto demonstra a necessidade do exame oftalmológico precoce.

ASTIGMATISMO

No astigmatismo um foco do objeto pode ser antes, atrás ou na retina e o outro idem, formando cinco combinações diferentes (astigmatismo miópico simples e composto, hipermetrópico simples e composto e misto). Ou seja, a imagem pode ser borrada para longe e perto dependendo do tipo e magnitude do astigmatismo. A correção é feita com óculos (lentes cilíndricas), lente de contato ou cirurgia refrativa (Excimer Laser).

CATARATA

A catarata é a maior causa de cegueira reversível nos países desenvolvidos. Estima-se que acomete 50% dos indivíduos acima de 65 anos.
Na catarata ocorre opacidade do cristalino, uma lente intra-ocular situada atrás da íris. Geralmente é bilateral, mas pode ser assimétrica.
A catarata pode ser congênita (ao nascimento) ou adquirida. A mais freqüente é relacionada à idade. Vários fatores de risco podem provocar ou acelerar a catarata como medicamentos (corticóides), doenças metabólicas (diabetes), trauma ocular, inflamação intra-ocular (uveíte), cirurgia intra-ocular prévia (cirurgia de glaucoma), etc.

O paciente com catarata queixa-se de borramento da visão, halos, dificuldade à luz, alteração das cores e até visão dupla. A catarata não causa dor.
O tratamento é cirúrgico. Atualmente é possível realizar a cirurgia através de uma pequena incisão (2,75 mm) com a técnica da facoemulsificação e implante de lente intra-ocular dobrável (monofocal ou multifocal). A recuperação visual é mais rápida e o paciente retorna à suas atividades mais precocemente quando comparada com a técnica extra-capsular, além de induzir menor astigmatismo pós-operatório.

CERATOCONE

É um aumento exagerado na curvatura da córnea, causando astigmatismo alto e freqüentemente irregular. Há diversos graus de ceratocone sendo que o tratamento varia desde o uso de óculos e lentes de contato até transplante de córnea para os casos mais graves.

CORPO ESTRANHO OCULAR

É uma das causas mais freqüentes de atendimento na urgência oftalmológica. Apesar de parecer simples retirar determinado corpo estranho do olho, esse gesto pode trazer sérias conseqüências. Sem um exame oftalmológico não podemos ter certeza da gravidade do problema. Às vezes um pequeno corpo estranho pode perfurar a córnea e penetrar no olho e os sintomas podem ser mínimos no início. Outras vezes um corpo estranho de origem vegetal pode causar uma infecção por fungo extremamente grave. Mais uma vez prevenir leva ao melhor resultado. Usar óculos de proteção quando indicados.

ASTIGMATISMO

Estrabismo é conhecido como “olho torto”. Pode ser congênito (ao nascimento), aparecer na infância ou na idade adulta. Quando um olho está direcionado em linha reta e o outro para dentro é chamado estrabismo convergente, se desviado para fora divergente. A criança que apresenta estrabismo deve ser imediatamente avaliada pelo oftalmologista devido ao risco de ambliopia (olho preguiçoso), ou seja, o olho que está desviado não é estimulado, e, portanto, não desenvolve a visão. A criança tem até, em média, os 7 anos para que a visão seja estimulada. Depois dessa idade pode ser muito difícil recuperar a visão. O tratamento é realizado com óculos, se necessário, oclusão monitorada pela ortoptista e oftalmologista, e as vezes cirurgia.

GLAUCOMA

É uma doença do nervo óptico geralmente causada por aumento da pressão ocular. Qual a pressão normal? Não há um número exato, somente avaliando pessoa por pessoa.
Estima-se que no Brasil 900 mil pessoas têm glaucoma.

  1. Há vários tipos de glaucoma: crônico simples de ângulo aberto; 
  2. de ângulo fechado;
  3. glaucoma agudo;
  4. secundário à inflamação intra-ocular ou medicamentos (corticóide);
  5. congênito (ao nascimento).

O glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum (80% dos casos) e não causa sintomas. Inicialmente o paciente perde o campo de visão (visão periférica) e somente no final é que perde a visão central.
O diagnóstico é feito pelo exame oftalmológico, incluindo a tonometria de aplanação (medida da pressão ocular), exame do disco óptico (fundo do olho) e campimetria.
O grupo de risco inclui paciente acima de 40 anos, raça negra, diabetes, pacientes com trauma ocular ou doença intra-ocular e com antecedente familiar de glaucoma.
Como não causa sintomas, para detectar precocemente é necessário exame oftalmológico anual. O glaucoma não tem cura e sim controle, com medicação tópica (colírio) ou cirurgia.
O glaucoma pode causar cegueira irreversível se não tratado.

HIPERMETROPIA

Na hipermetropia ocorre o contrário da miopia, ou seja, o foco do objeto é formado atrás da retina, devido à córnea plana ou olho pequeno. A dificuldade visual só para perto ou, em graus pequenos, causa sintomas de astenopia (cansaço, sono à leitura, cefaleia, lacrimejamento, olho vermelho). A correção pode ser com óculos (convergente ou positiva), lente de contato ou cirurgia refrativa (Excimer Laser).

MIOPIA

A miopia é um tipo de ametropia na qual ocorre dificuldade visual para longe. É causada, principalmente, pelo aumento da curvatura da córnea ou do tamanho do olho e o foco do objeto é formado antes da retina. A correção pode ser com óculos (divergentes ou negativas), lente de contato ou cirurgia refrativa (Excimer Laser). O indivíduo míope deve ser submetido a exame oftalmológico anualmente, não somente para reavaliar o grau da miopia, como também para exame da retina no diagnóstico precoce das degenerações periféricas que podem causar descolamento da retina.

PRESBIOPIA

É a dificuldade visual para perto que acomete os indivíduos acima de 40 anos, devido à diminuição do poder de acomodação do cristalino (a lente intra-ocular do olho). A correção é feita com óculos para perto. Se o paciente já usa óculos para longe, é necessário mudar para bifocal ou multifocal (mais completo porque tem a correção da visão intermediária). Alguns não acostumam com esse tipo de óculos e a solução é faze-los separados.

PTERÍGIO

É uma degeneração da conjuntiva (membrana que recobre o olho) associada à exposição solar (radiação ultravioleta) e condições ambientais adversas, além do fator genético (predisposição). Caracteriza-se por um tecido fibroso que cresce em direção à córnea mais comumente na área nasal e/ou temporal. Muitas vezes é erroneamente chamado de catarata. Pode causar sintomas de irritação ocular, induzir astigmatismo e, se muito grande, causar baixa de visão.

QUEIMADURA OCULAR

A prevenção leva sempre ao melhor resultado.
A queimadura pode ser térmica, química e física. A gravidade e prognóstico (resultado) vão depender da natureza e tempo de exposição ao produto e extensão da queimadura.
A queimadura química ocular é uma das mais graves. Em casos de acidente com produto químico de qualquer natureza, ácido ou álcali (por exemplo, cal) é fundamental fazer irrigação dos olhos imediatamente com água corrente, por pelo menos 15 minutos. Não deve ser feita oclusão (“tampão”) dos olhos, porque aumenta o contato e penetração do produto na superfície ocular podendo aumentar a queimadura. Após a irrigação, procurar o oftalmologista com urgência. Não usar medicação (colírios) sem avaliação do especialista. CUIDADO: o colírio de anestésico, diminuindo a sensibilidade ocular, pode dar a falsa idéia de que a queimadura é leve.

RETINOPATIA DIABÉTICA

Diabetes mellitus é uma doença que acomete em torno de 13 milhões de brasileiros. Os principais sintomas são: perda de peso, sede e aumento da diurese. Afeta o sistema circulatório, neurológico e renal. O diabetes acomete os vasos da retina (fundo de olho) causando a retinopatia diabética, que atinge 75% dos diabéticos com mais de 20 anos de doença. O tratamento envolve dieta adequada, medicação oral ou insulina, prescrito pelo endocrinologista. A retinopatia diabética é tratada pelo especialista de retina (retinólogo) com medicação intravítrea, fotocoagulação com laser e cirurgia (vitrectomia), dependendo do caso. Retinopatia diabética pode causar cegueira se não tratada.

TRAUMA OCULAR

Em caso de trauma ocular, perfurante ou não, mesmo com poucos sintomas ou visão normal, procurar o oftalmologista. Um trauma no olho pode ter como consequência um descolamento de retina que só poderá ser diagnosticado após avaliação da retina com a pupila dilatada.